As Bases Revolucionárias da Política Moderna – José Carlos Sepúlveda e Paulo Henrique Araújo

As Bases Revolucionárias da Política Moderna foi escrita pelos analistas políticos José Carlos Sepúlveda e Paulo Henrique Araújo em 2022 e publicada pela Editora PHVox. O ensaio contém aproximadamente 90 páginas e é composto por quatro capítulos. O objetivo dos autores é apresentar conceitos básicos e introdutórios acerca do pensamento revolucionário, de como ele corrompe os indivíduos, suas famílias e a sociedade, até chegar ao poder político. 


1. Identificando o “caos estruturado” da Revolução

No primeiro capítulo os autores caracterizam a Revolução como algo uno – um sistema de caotização das mentes e das sociedades que pode parecer desordenado quando visto de maneira isolada, mas que possui um método estrutural quando analisado em conjunto.

Eles ressaltam que é um equívoco analisar as crises que acontecem na história como se fossem acontecimentos isolados e sem conexão entre si. Outro equívoco é estabelecer pólos opostos de embate entre os agentes revolucionários, pois, apesar de haver divergências de interesses entre os agentes, suas agendas convergem no que diz respeito à destruição das bases civilizacionais cristãs.

Os autores ainda apontam que o próprio sentimento anti-revolucionário pode ser utilizado pela Revolução para favorecê-la. Como exemplo, eles citam a Guerra Civil Espanhola, onde se aproveitaram do sentimento anticomunista de católicos, monarquistas e outros grupos para induzi-los a voluntariar-se ao exército nazista.

2. Se existe uma unidade, no que ela consiste?

No segundo capítulo, José Carlos e Paulo Henrique afirmam que a unidade da Revolução consiste no espírito revolucionário – que tem em sua essência o ódio à desigualdade e à lei, especialmente a lei moral. Sendo algo que está na alma dos indivíduos, a Revolução está para além das organizações humanas e seu fim último é modificar a mentalidade, a moralidade e o espírito dos indivíduos, em suma, destruir a civilização cristã ocidental. 

3. As profundidades da Revolução

No terceiro capítulo os autores apresentam, com base no trabalho do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira – Revolução e Contra-revolução (1959) –, as três dimensões da Revolução, a saber:

  1. Nas tendências, as inclinações pessoais, as quais, em crise e sendo inclinadas para o mal, começam por modificar as mentalidades, costumes, expressões artísticas e etc, antes de serem completamente transformadas em idéias;
  2. Nas idéias, pois é preciso viver conforme o modo de pensamento adotado. Aqui, a crise toma uma forma ideológica. A princípio, ela tenta manter uma aparência de harmonia com o modo de viver anterior, mas logo passa a lutar contra ele; 
  3. Nos fatos, que são as idéias em prática, enquanto ações na esfera política, transformando instituições, leis e etc.

4. A síntese da Revolução

Para finalizar, os autores comentam três exemplos históricos de Revolução: 1) O Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, no campo teórico; 2) a Comuna de Paris, que foi a Revolução na prática; 3) e, no aspecto cultural, a música “Imagine” do John Lennon.

A intenção aqui não é substituir a leitura do livro, o qual, apesar de pequeno, tem bastante informação, é objetivo e de linguagem acessível para quem está dando seus primeiros passos na tentativa de entender o que se passa no cenário político e cultural da modernidade.

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Até a próxima!

Sobre o Autor ou Tradutor

Késsia Dutra

Bacharel em Comunicação em Mídias Digitais, estudante de Filosofia e Marketing Digital, e co-produtora do Diário Intelectual.

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